Poemas de Introspecção
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Um Garoto, Sua História e o Mundo.
Era uma vez um garoto...
Uma vida a mais no planeta.
Escondido sob sua jaqueta
O mais puro cultivo broto.
Garoto de existência pequena,
Sonhava em ser um artista,
Um daqueles que se valam a pena,
Pra'queles que tem boa vista.
Sabia do que ele gostava.
Gostava do que ele sabia.
Sabia e gostava do que ele
Viria a ser em tal dia.
Com sua história vivia ele afoito,
Mas não sabia o rumo da vida.
Sabia só da entrada e saída
À margem de ter seus dezoito.
Infeliz com o andamento do mundo,
Almejava o viver da Justiça.
Mas se empenhava em ser vagabundo
Enquanto o povo ainda espreguiça.
No entanto, queria uma luz.
Surgindo do brado humano em louvor
Ou que o mundo prestasse o favor
De prestar para ser quem conduz.
Ser quem conduz um mundo sincero
E quem constrói um lugar com esmero.
Não a Casa dos Bobos, número zero,
Nem este inferno terreno e fero.
Mas aguardava artista ser um dia
Reconhecido e aclamado realmente
Por espalhar vitorioso entre a gente
O fervor da digna euforia.
Vivendo a esperar com desejo evidente
Demonstrar aos Homens ser ele fiel
Melhorando o mundo, através do papel
Ao fazer dos Arvosi a divina semente.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Quase Algo
veja as cores no céu.
Sei que um dia, outrém,
fez-se lá um escuro véu.
Olha cá, olha zen,
estes rostos ao redor
e feliz faz-te também
retira-me todo o dó.
Vem aqui, ó meu bem.
não mais manche o teu pó.
Sei que choras muito além do que se fosse pior.
Um belo dia já vem
e trazendo-te o melhor!
Que os anjos digam 'amém' já que nunca estais só.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
in-Sonho
Graciosa ninfa onipresente
revira os meus sonhos a encantar
expondo as esmeraldas em teu rosto
cintilantes, vem chamando a me juntar;
instintivo sou levado por meu gosto
a querer-te e a ter-te vou sonhar.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Hino Social Brasileiro
Que dessa pátria indomada,
alguém me salve!
No Brasil, o deletério, um fato ímpeto:
pela ganância nosso fado foi roubado.
Somos os que te criaram a má-fama.
Paz: estado por nós todos procurado.
Segue a justiça dada ao forte.
Não mais que o teu imposto te evolua.
Verás-te abandonado à própria sorte!
E degradado!
Se pelo vil do meu Brasil foste atacado.
Neste meu solo
quase todo civil
foi à puta que o pariu.
alguém me salve!
No Brasil, o deletério, um fato ímpeto:
pela ganância nosso fado foi roubado.
Somos os que te criaram a má-fama.
Paz: estado por nós todos procurado.
Segue a justiça dada ao forte.
Não mais que o teu imposto te evolua.
Verás-te abandonado à própria sorte!
E degradado!
Se pelo vil do meu Brasil foste atacado.
Neste meu solo
quase todo civil
foi à puta que o pariu.
domingo, 15 de agosto de 2010
Mulher sem Pudor
Lá vem ela, passando imponente.
Tranquilamente, sabe o que quer.
Ela caminha pra ti, mas não somente,
pois arrasta os desejos de quem vier.
Ah, maldita! Maldita jovem sem valor.
Quando passas, vos arranca a calma.
Exalas o perfume de toda gente o teu odor,
que me enjoa e enoja até o fim da alma.
Ah, desgraçada! Desgraçada mulher sem pudor!
Muito cuidado, sensato senhor,
com a dor do amor de uma noite sem fim.
Cuidado com ela, esta mulher, um pavor!
Que chega e que ama e que deixa um rancor!
Quem dera-me um dia eu ter-te pra mim.
sábado, 14 de agosto de 2010
Inevitável Melancolia
Observando, sempre há algo lá.
Alí, embaixo, na espreita.
Mesmo não mostrando-se suspeita,
uma força se oculta no esperar.
Silenciosa, sorrateira, violenta,
como o Kraken nas profundezas, em tal lugar,
esperando que sua vítima se acometa
de no mar do infortúnio navegar.
Passará o tempo, pois te distrais,
e dentre as coisas mais naturais,
a melancolia na tu'alma irá fincar.
Surpreendendo-te no desatento,
tal qual o Kraken, o mais sedento,
em dado momento, atacará.
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